28 de janeiro
V Calendas Februarii
Era MMLIV
Lisboa [ PORTUGAL ]
28 de janeiro de 1924
Há anos:
Falece no seu gabinete de trabalho Joaquim Teófilo Fernandes Braga, escritor e ensaísta português e primeiro presidente do governo provisório da República Portuguesa, entre 5 de Outubro de 1910 e 24 de Agosto de 1911.
Era natural de Ponta Delgada, onde nasceu a 24 de Fevereiro de 1843.
Era natural de Ponta Delgada, onde nasceu a 24 de Fevereiro de 1843.
O caldo de pedra
in «Contos tradicionaes do povo portuguez», 1883
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Um frade andava ao peditório; chegou à porta de um lavrador, mas não lhe quiseram aí dar nada. O frade estava a cair com fome, e disse:
— Vou ver se faço um caldinho de pedra. E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela para ver se era boa para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e daquela lembrança. Diz o frade:
— Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa muito boa.
Responderam-lhe:
— Sempre queremos ver isso.
Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, disse:
— Se me emprestassem aí um pucarinho.
Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água e deitou-lhe a pedra dentro.
— Agora se me deixassem estar a panelinha aí ao pé das brasas.
Deixaram. Assim que a panela começou a chiar, disse ele:
— Com um bocadinho de unto é que o caldo ficava de primor.
Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada para o que via. Diz o frade, provando o caldo:
— Está um bocadinho insosso; bem precisa de uma pedrinha de sal.
Também lhe deram o sal. Temperou, provou, e disse:
—Agora é que com uns olhinhos de couve ficava que os anjos o comeriam.
A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras. O frade limpou-as, e ripou-as com os dedos deitando as folhas na panela.
Quando os olhos já estavam aferventados disse o frade:
— Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça...
Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço; ele botou-o à panela, e enquanto se cozia, tirou do alforge pão, e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era um regalo. Comeu e lambeu o beiço; depois de despejada a panela ficou a pedra no fundo; a gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou-lhe:
— Ó senhor frade, então a pedra?
Respondeu o frade:
— A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez.
E assim comeu onde não lhe queriam dar nada.
— Vou ver se faço um caldinho de pedra. E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela para ver se era boa para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e daquela lembrança. Diz o frade:
— Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa muito boa.
Responderam-lhe:
— Sempre queremos ver isso.
Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, disse:
— Se me emprestassem aí um pucarinho.
Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água e deitou-lhe a pedra dentro.
— Agora se me deixassem estar a panelinha aí ao pé das brasas.
Deixaram. Assim que a panela começou a chiar, disse ele:
— Com um bocadinho de unto é que o caldo ficava de primor.
Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada para o que via. Diz o frade, provando o caldo:
— Está um bocadinho insosso; bem precisa de uma pedrinha de sal.
Também lhe deram o sal. Temperou, provou, e disse:
—Agora é que com uns olhinhos de couve ficava que os anjos o comeriam.
A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras. O frade limpou-as, e ripou-as com os dedos deitando as folhas na panela.
Quando os olhos já estavam aferventados disse o frade:
— Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça...
Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço; ele botou-o à panela, e enquanto se cozia, tirou do alforge pão, e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era um regalo. Comeu e lambeu o beiço; depois de despejada a panela ficou a pedra no fundo; a gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou-lhe:
— Ó senhor frade, então a pedra?
Respondeu o frade:
— A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez.
E assim comeu onde não lhe queriam dar nada.
.. Bio [ Bio-bibliografia ]
Bahia [ BRASIL ]
28 de janeiro de 1808
Há anos:
Carta Régia abre os portos do Brasil aos estrangeiros
Lisboa [ PORTUGAL ]
28 de janeiro de 1641
Há anos:
Os Três Estados do reino reunidos em cortes reconhecem a dinastia brigantina nas pessoas do
"Sereníssimo Rey D. Joaõ IV [...]
e seu filho o Principe D. Theodozio"
"Sereníssimo Rey D. Joaõ IV [...]
e seu filho o Principe D. Theodozio"
Aix-la-Chapelle [ AACHEN, ALEMANHA ]
28 de janeiro de 814
Há anos:
[†]
Morre Carlos Magno
Morre Carlos Magno
27 de janeiro
VI Calendas Februarii
Era MMLIV
Auschwitz [ POLÓNIA ]
27 de janeiro de 1945
Há anos:
As tropas soviéticas libertam cerca de 3000 sobreviventes do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polónia.
Neste campo foram exterminados perto de um milhão de judeus.
Neste campo foram exterminados perto de um milhão de judeus.
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Pesquisar imagens... 1945 Liberation Auschwitz-Birkenau
Ver e Ouvir...[ Auschwitz. Remembering Genocide ]
.. [ Cronologia - La Shoah, des origines à Nuremberg ]
[ Actualizado em 26.1.2013 ]
Porto [ PORTUGAL ]
27 de janeiro de 1842
Há anos:
Restauração da Carta Constitucional
.. [ Ler ]: « Carta Constitucional »
Lisboa [ PORTUGAL ]
27 de janeiro de 1763
Há anos:
Carta Régia pombalina eleva o Brasil
a vice-reino e transfere a sua capital de São Salvador da Baía para o Rio de Janeiro.
A capital do Brasil só voltará a mudar em 1960.
a vice-reino e transfere a sua capital de São Salvador da Baía para o Rio de Janeiro.
A capital do Brasil só voltará a mudar em 1960.
Lisboa [ PORTUGAL ]
27 de janeiro de 1668
Há anos:
D. Pedro II
«Os trez Estados do Reyno representados nos Procuradores de Cortes, juràraõ Principe herdeiro, e successor do Reyno de Portugal, e seus dominios, ao Serenissimo senhor Infante Dom Pedro, e de o reconhecerem por verdadeiro, e natural Rey, e senhor seu, e destes Reynos [...]. E se concluhio o acto, beijando todos os que se achavão prefentes a mão ao Principe.»
«Os trez Estados do Reyno representados nos Procuradores de Cortes, juràraõ Principe herdeiro, e successor do Reyno de Portugal, e seus dominios, ao Serenissimo senhor Infante Dom Pedro, e de o reconhecerem por verdadeiro, e natural Rey, e senhor seu, e destes Reynos [...]. E se concluhio o acto, beijando todos os que se achavão prefentes a mão ao Principe.»
Lisboa [ PORTUGAL ]
27 de janeiro de 1297
Há anos:
Foral antigo de Mourão
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